Logística reversa e sustentabilidade

Questões vinculadas à preservação do meio ambiente são cada vez mais valorizadas por pessoas e empresas no século XXI. Isso porque precisamos melhorar a gestão de recursos naturais de maneira a suprir nossas necessidades sem comprometer a regeneração desses recursos e a sobrevivência das futuras gerações. Uma das formas de melhorar essa gestão é por meio da logística reversa e sustentabilidade.

Nesse sentido, a operacionalização de uma cadeia sustentável de suprimentos tem atraído cada vez mais interesse e investimentos pelas empresas que buscam a otimização dos seus sistemas produtivos e a preservação do meio ambiente.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/10)

No Brasil, a Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contém instrumentos importantes para favorecer o avanço necessário no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado de resíduos sólidos.

A logística reversa, prevista pela lei, está intimamente ligada às questões ambientais e tem como objetivo promover uma gestão mais eficiente dos resíduos ao longo da cadeia produtiva. bem como reduzir o desperdício de materiais.

Reutilização e gestão de recursos

A prática da reutilização de recursos analisa o ciclo de vida de um produto desde a origem da matéria-prima até o descarte do produto final pós-consumo. Esse cuidado durante o processo de design e manufatura de um determinado produto permite uma redução significativa na necessidade de extração de matéria-prima virgem através da reutilização de recursos que já serviram algum propósito e podem ser reintroduzidos a um novo ciclo produtivo.

Logística reversa e sustentabilidade

A necessidade de melhoria no uso dos recursos naturais tem levado inúmeras empresas a promoverem campanhas de coleta e reciclagem de materiais junto à sociedade. A responsabilidade pós-consumo deve fazer parte dos princípios e valores que permeiam a relação entre toda empresa geradora de resíduos e seus respectivos consumidores.

Exemplo desse tipo de gestão de recursos naturais é a indústria automotiva que, a partir da entrada em vigor da resolução CONAMA 416/09, é responsável por, a cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, oferecer a destinação adequada aos pneus descartados.

Nessa mesma linha de raciocínio, outro exemplo é a indústria de agroquímicos, com o Brasil, considerado um dos grandes produtores de alimentos do mundo, liderando o ranking mundial no recolhimento desse tipo de embalagens.

Por se tratarem de embalagens consideradas tóxicas, não podem ser descartadas aleatoriamente, uma vez que prejudicam tanto o meio ambiente quanto a saúde de animais e pessoas. É aí que entra a gestão de recursos naturais e a chamada logística reversa.

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